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Dificuldades para conciliar a carreira e a maternidade

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As dificuldades para conciliar a carreira e a maternidade podem afetar decisivamente a fertilidade feminina, no futuro? As respostas para este questionamento foram reunidas por pesquisadores da Universidade do Estado da Pensilvânia e divulgadas num artigo publicado recentemente no Family Relations Journal. Quando falamos em maternidade e carreira, primeiro, é preciso lembrar que homens bem-sucedidos não têm de lidar com nenhum tipo de opção muito difícil no âmbito pessoal. Geralmente, homens no mundo todo, que exercem qualquer profissão, inclusive os cargos diretivos, expressam livremente o desejo de ter filhos e os têm. Na verdade, “quanto mais realizado o homem”, maior é a probabilidade de que ele se case e tenha filhos.  Com as mulheres ocorre o inverso… Elas enfrentam os mesmos desafios que os homens em longos expedientes e sofrem as mesmas pressões de quem ocupa cargos importantes. Contudo, há desafios que são próprios de cada sexo. “A história da mulher no mercado de trabalho está sendo escrita com base em dois quesitos: a queda da taxa de fecundidade e o aumento do nível de instrução da população feminina. Estes fatores vêm acompanhando, passo a passo, a crescente inserção da mulher no mercado de trabalho e a elevação de sua renda”, explica o ginecologista Jonathas Borges Soares, diretor do Projeto ALFA, Aliança de Laboratórios de Fertilização Assistida.

Fonte – Projeto Alfa – Reprodução Humana Assistida

Câncer e Fertilidade: Entenda o Assunto

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Mulheres que passam por um tratamento de câncer não precisam abandonar o desejo de ser mãe. Homens também podem continuar com o sonho de ser pai biológico. Quem nos diz isso é o Dr. Newton Busso, especialista em fertilização e sumidade no assunto. Esclareça aqui as principais dúvidas que giram em torno desta questão.

 Instituto Oncoguia – O que é um médico fertileuta?

Dr. Newton Busso –A palavra fertileuta não existe, mas significa o médico “especialista” em infertilidade conjugal.

Instituto Oncoguia – Porque se preocupar com a preservação da fertilidade antes de iniciar um tratamento oncológico?

Dr. Newton Busso –O diagnóstico de vários tipos de câncer se faz cada vez mais precocemente e os tratamentos são cada vez mais eficazes, fazendo com que a chance de cura seja mais alta. Nestas condições, temos grande número de adultos que sobrevivem a um câncer e, como por consequência, têm uma vida normal.  O problema é que muitos tratamentos levam a infertilidade por cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Portanto, nestas pessoas nas quais há chance de cura e são jovens devemos alertá-las sobre o risco e as alternativas de tentar preservar sua fertilidade.

Instituto Oncoguia – Todo paciente diagnosticado com câncer pode preservar sua fertilidade?

Dr. Newton Busso –Isso depende de alguns fatores: do tipo de câncer, da idade da pessoa, do estadiamento da doença e, consequentemente, da sobrevida deste paciente.

Instituto Oncoguia – Com quem discutir a possibilidade de recorrer a técnicas de preservação da fertilidade?

Dr. Newton Busso –O adequado é discutir a fertilidade com um especialista na área (o fertileuta), seja ele ginecologista ou urologista.

Instituto Oncoguia – Quais são as opções disponíveis para a mulher?

Dr. Newton Busso –A mulher pode preservar óvulos, tecido ovariano ou embriões, caso já tenha um parceiro.

Instituto Oncoguia – E para o homem, doutor?

Dr. Newton Busso –O homem tem a preservação mais simplificada, pois pode colher sêmen por masturbação sem nenhum preparo prévio.

Instituto Oncoguia – E quando o tratamento oncológico não pode esperar?

Dr. Newton Busso –Na mulher, principalmente, não há o que fazer, pois para qualquer coleta (congelamento de óvulos, embriões ou tecido ovariano) necessita de preparo prévio ou cirurgia prévia.

Instituto Oncoguia – Em geral, quais são as chances de ter um filho usando as técnicas de fertilização em laboratório?

Dr. Newton Busso –Esta pergunta é de difícil resposta, pois depende de grande número de fatores, como a idade da mulher, a qualidade do sêmen, doenças associadas, número e qualidade dos óvulos congelados. Podemos dizer que a média para mulheres abaixo de 38 anos é cerca de 35%.

Instituto Oncoguia – Depois do tratamento oncológico, quanto tempo esperar para engravidar?

Dr. Newton Busso –Quem define o tempo para engravidar é o oncologista.

Instituto Oncoguia – E a gravidez é normal como a de qualquer outra mulher que não tenha passado por tratamento oncológico?

Dr.  Newton Busso – A gestação, quando ocorre, é semelhante a qualquer outra.

FONTE: ONCOGUIA

Histeroscopia

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A histeroscopia é um exame que permite a avaliação da cavidade uterina sob visão direta. Este exame é solicitado quando suspeita-se de alterações da camada interna do útero, o endométrio.
O exame consiste na inserção de uma ótica pelo canal do colo uterino até o interior do útero. Pode ser realizado em ambiente ambulatorial (consultório).
Além de permitir avaliar a cavidade uterina a histeroscopia permite a correção de alterações encontradas, como pólipos, miomas ou aderências. Neste caso o  procedimento deve ser realizado em ambiente hospitalar, sob anestesia.

A avaliação da cavidade uterina é importante na investigação da infertilidade pois é neste local que ocorre a implantação do embrião.

Fonte –  Projeto Alfa – Reprodução Humana Assistida.

Prevenção da infertilidade – idade

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A idade da mulher por si só pode ser um fator de infertilidade.

Ao contrário do homem, que produz novos espermatozóides durante praticamente toda sua vida, a mulher nasce já com todos os óvulos com que contará durante toda sua vida reprodutiva.

Este estoque de óvulos é finito e um dia acaba. O fim dos óvulos se chama menopausa e acontece ao redor dos 48 anos. porém, muito antes disso os óvulos começam a perder qualidade.

Depois dos 35 anos o potencial reprodutivo da mulher começa a diminuir. O estoque de óvulos é menor e sua qualidade também. Isto faz com que a obtenção de uma gestação seja mais difícil, principalmente depois dos 40 anos.

Os óvulos que não têm qualidade têm menos chances de gerar embriões. Quando gerados, estes embriões têm menor chance de implantação, maior chance de aborto e de anomalias genéticas como a síndrome de Down.

Atualmente, os especialistas em infertilidade aconselham que mulheres jovens que pretendem postergar a gestação para depois dos 35 anos, deixem parte de seus óvulos congelados, de maneira a garantir um bom potencial reprodutivo quando desejem ter seus filhos.

Para mulheres que já têm idade mais avançada e desejam engravidar, a melhor alternativa é a utilização de óvulos doados, técnica que possibilita as melhores chances de gestação, com baixa incidência de aborto e anomalias cromossômicas.

Fonte: Projeto Alfa

Pacientes mais jovens, sobreviventes de câncer, raramente tomam medidas para evitar a infertilidade

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Há quase meio milhão de sobreviventes de câncer em idade reprodutiva nos EUA. E um novo estudo – Racial, socioeconomic, and demographic disparities in access to fertility preservation in young women diagnosed with cancer –, publicado na revista Cancer, revela que neste grupo, poucas mulheres estão tomando medidas preventivas para assegurar que poderão ter filhos, após o tratamento da doença.

No Brasil, não há dados por faixa etária que mostrem a realidade dos jovens com câncer em todo o país. A Fundação Oncocentro de São Paulo, que reúne registros da doença no Estado, contabilizou 23.138 novos casos em pessoas com 19 a 39 anos, de 2000 a 2007, em 63 hospitais estaduais que têm atendimento oncológico. Como o registro é parcial e não considera o setor privado, os números podem ser muito maiores.

A pesquisa americana – que se concentra especificamente em mulheres jovens – também revela disparidades raciais, econômicas e demográficas em relação à forma como estas mulheres têm acesso aos serviços de preservação da fertilidade, bem como ao aconselhamento médico sobre os possíveis efeitos do tratamento do câncer sobre sua fertilidade.

“Os tratamentos contra o câncer podem causar interferência no funcionamento do hipotálamo e da hipófise; perda da função uterina normal; destruição total ou parcial da reserva de óvulos no ovário, ocasionando falência ovariana imediata ou em tempo variável e ainda dificuldade de predizer o potencial reprodutivo futuro”, explica o ginecologista Nelson Júnior, diretor do Projeto ALFA, Aliança de Laboratórios de Fertilização Assistida.

No novo estudo, mais de 1.400 mulheres com idades entre 18 e 40 anos responderam perguntas sobre sua saúde e seus históricos de doenças. As participantes da pesquisa tinham vários tipos de câncer: leucemia, doença de Hodgkin e Linfoma não-Hodgkin, câncer de mama e câncer gastrointestinal.

Globalmente, 61% das entrevistadas disseram que seus oncologistas as tinham aconselhado sobre os possíveis riscos que os tratamentos de câncer representavam para a sua fertilidade futura. Este percentual, de acordo com os pesquisadores, representa um aumento na prevalência do aconselhamento nos EUA. Este aumento pode ser resultado das recomendações da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, que em 2006, emitiu recomendações que determinavam que todas as mulheres devem receber aconselhamento reprodutivo, antes do início da terapia do câncer.

No entanto, a nova pesquisa revela ainda lacunas significativas entre as mulheres que receberam aconselhamento reprodutivo e as que não o receberam. Pacientes com nível superior apresentaram uma chance 20% maior de receberem aconselhamentos em relação às       que não tinham ido à faculdade. As que já tinham filhos, eram jovens, brancas e heterossexuais também apresentaram mais chances de serem informadas sobre os possíveis efeitos dos tratamentos contra o câncer na sua capacidade de conceber.

O estudo também revela que enquanto mais da metade das entrevistadas tinha sido aconselhada sobre a possível infertilidade, decorrente de sua terapia de câncer, apenas 4% realmente tomou medidas para preservar seus óvulos e/ou embriões.

“A preservação da fertilidade da paciente com câncer é uma espécie de ‘terra de ninguém’, porque é um híbrido entre o câncer e o campo da infertilidade. Poucos são os profissionais que tratam o câncer e têm treinamento especializado para discutir as opções de preservação da fertilidade feminina, antes que elas iniciem os seus tratamentos contra o câncer”, afirma o ginecologista Nelson Júnior.

Importância da preservação da fertilidade

Atualmente, os tratamentos contra o câncer disponíveis – tanto nos EUA, quanto no Brasil –  têm melhorado significativamente, o que significa que a sobrevivência é uma realidade para mais e mais pacientes. “Isto exige que os profissionais de saúde concentrem mais esforços sobre o aconselhamento dos pacientes com câncer sobre a preservação da fertilidade, particularmente à luz das atuais disparidades sociais reveladas pela pesquisa”, observa o diretor do Projeto ALFA.

“Precisamos evitar o golpe duplo. Primeiro, a paciente é diagnosticada com câncer. Depois, caso sobreviva ao tratamento, ela ainda recebe a má notícia que está infértil. Estamos ficando bons em salvar vidas, a medicina progride a passos largos neste sentido. Agora, temos a obrigação de nos certificarmos de que a qualidade de vida, após o câncer, é tão alta quanto pode ser. E isto inclui a preservação dos direitos reprodutivos da paciente”, defende Nelson Júnior.

FONTE: Projeto Alfa

O stress pode causar infertilidade?

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Por Luciana Leis

Uma das principais dúvidas das mulheres que estão tentando engravidar é se o stress interfere ou não na resposta de gravidez. É fato que há, no senso comum, uma ideia de que a gravidez não acontece devido à paciente estar estressada com a busca pelo filho; até mesmo alguns médicos parecem acreditar nessa ideia, orientando suas pacientes a tirarem férias e irem viajar com seus companheiros a fim de facilitarem que a gravidez aconteça.

Os estudos que investigam o assunto são bastante controversos, sendo que alguns indicam existir sim uma relação entre stress e infertilidade e outros não. É muito complicado isolarmos o stress para estudá-lo, de outros fatores orgânicos que podem estar presentes no corpo da mulher dificultando sua gravidez.

Embora pesquisados há tempos, os mecanismos relacionados ao stress promovendo falhas na função reprodutiva, ainda são pouco conhecidos. Entende-se que essa situação ocorra devido a uma disfunção global, reflexo, principalmente, da ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, no qual o aumento do cortisol é provocado por uma situação de estresse-induzida do hormônio liberador de corticotrofina (CRH) com consequente secreção hipofisária de ACTH e β-endorfina.

Porém, faz-se relevante destacar, que o estímulo estressor será de maior ou menor intensidade dependendo da estrutura de personalidade de cada pessoa e dos eventos de vida a ela relacionados. Assim, um acontecimento pode ser considerado estressante para uma pessoa, promovendo, por exemplo, alterações na ovulação ou na fase lútea, e não sê-lo para outra, não promovendo, portanto, nenhum tipo de alteração fisiológica.

Desta forma, penso que precisamos ser cuidadosos quando atribuímos ao stress a falta de respostas diante da dificuldade de gravidez, isso só colabora para deixar as mulheres que tentam engravidar ainda mais ansiosas e, de certa forma, culpadas, devido ao fato da gravidez demorar a acontecer.

O stress e a ansiedade podem fazer parte do contexto de infertilidade, no entanto, níveis muito altos desses componentes merecem ser cuidados por um profissional habilitado, visando melhor saúde emocional da mulher nesta difícil fase da vida e enfrentamento adequado desta situação.

Fonte: Alfa – Fertilização Assistida