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Síndrome do Hiperestímulo Ovariano

sindrome do hiperestimulo ovariano

A síndrome do hiperestímulo ovariano (SHO) é um conjunto de sinais e sintomas que aparecem em pacientes de fertilização in vitro que têm uma resposta exacerbada ao tratamento de indução da ovulação.

Algumas pacientes têm uma “alta resposta” ao estímulo hormonal, produzindo mais do que 20 óvulos em um único ciclo. Esta resposta exagerada pode resultar em complicações, em alguns casos graves, caso medidas de segurança não sejam tomadas.

Os ovarios aumentados por si só já podem trazer incômodos para a paciente, mas outras complicações como a formação de ascites (acúmulo de líquido dentro da cavidade abdominal) e diminuição da diurese (volume urinário) podem acontecer. Em casos mais graves (e felizmente mais raros) pode ocorrer acúmulo de líquido nos pulmões e trombose.
Para evitar que as complicações se tornem graves, as clínicas de reprodução humana possuem protocolos de prevenção para o SHO.

O primeiro passo para a prevenção é o uso de doses mais baixas de medicação em pacientes de risco. Caso a paciente apresente alta resposta, o protocolo mais eficaz é o congelamento de todos os óvulos ou embriões para transferência em um próximo ciclo, já livre de risco.
Outros medicamentos como o Dostinex estão sendo estudados, com resultados promissores na prevenção desta síndrome.

Fonte: Projeto Alfa – Reprodução Humana Assistida

Abortamento de Repetição

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Aborto de repetição ou aborto habitual é o acontecimento de duas ou mais perdas gestacionais iniciais consecutivas. Apesar do aborto ser uma ocorrência comum, duas perdas consecutivas acontecem em apenas 5% dos casais e três perdas consecutivas em 1% deles.
A ocorrência de um aborto não indica avaliação mais aprofundada. Porém, depois de dois abortos consecutivos indica-se avaliação criteriosa do casal e acompanhamento psicológico se necessário.
É importante ressaltar que mesmo após investigação exaustiva, mais de 50% dos casais ficam sem diagnóstico definido. Ainda assim, existem boas chances de que uma próxima gestação chegue até o final.
As principais causas do abortamento de repetição estão citadas a seguir:

Idade Materna
A partir dos 40 anos, as chances de um aborto podem passar 30%. Isto acontece por que o envelhecimento dos óvulos faz com que os embriões gerados tenham maior chance de apresentar anomalias cromossômicas.

Anomalias Cromossômicas
A maioria dos abortos ocorre por anomalias cromossômicas devido a um erro aleatório na “recombinação” cromossômica durante a formação do embrião, ainda que os pais sejam jovens e saudáveis.
Em casos mais raros (menos de 5% dos casais), um dos pais pode ter uma alteração em seus cromossomos e passá-la para o embrião. Esta alteração é diagnosticada por um exame realizado em sangue chamado cariotipo. Nestes casos pode ser necessário a realização de fertilização in vitro comdiangóstico genético pré implantacional para identificar os embriões sem alterações.

Alterações Metabólicas e Obesidade
Mulheres com diabetes não controlada e/ou obesas têm maior chance de ter um aborto. Recomenda-se o controle dos níveis de açúcar no sangue e a perda de peso.

Alterações Uterinas
As alterações da anatomia uterina, principalmente as que distorcem a cavidade do útero, podem ser causa de aborto. Miomas, pólipos, aderências, malformações uterinas, etc… devem ser tratados se identificados. Exames como a histerossalpingofrafia, ultrassonografia vaginal e a histeroscopia são de grande valia neste diagnóstico.

Síndrome do Anticorpo Anti-fosfolípide (SAAF)
A SAF pode ser causa de aborto de repetição entre 3% e 15% dos casos.
O diagnóstico é feito pela presença de anticorpos anti-cardiolipina ou anticoagulante lúpico no sangue. O exame positivo deve ser repetido após 6 semanas para confirmação.
Pacientes com SAF devem ser tratadas com aspirina e heparina durante a gestação para evitar novo aborto.
É importante ressaltar que o exame positivo, sem a ocorrência de aborto ou episódio prévio de trombose não indica o tratamento com aspirina e heparina.

Trombofilias
As trombofilias hereditárias podem causar aborto e perdas gestacionais tardias. Não há consenso se o uso de anticoagulantes durante a gestação pode prevenir estes acontecimentos.

Exames e tratamentos sem benefício comprovado:
Segundo a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) a realização de exames como anticorpos anti-nucleares, anticorpos anti-tireoide, anticorpos anti soro paterno (Cross Match) não trazem nenhum tipo de benefício aos casais com história de aborto.
Tratamentos como imunoglobulina intravenosa e imunização com linfócitos paternos (vacinas) também devem ser evitados por não há evidência de sua eficácia.

Os casais com história de aborto, principalmente aqueles sem diagnóstico, devem buscar um estilo de vida saudável, evitar fumo e uso de álcool e cafeína em excesso, realizar exercícios físicos e , se sentirem necessidade, procurar acompanhamento psicológico.

Fonte: Projeto Alfa- Reprodução Humana Assistida

Hormônio Anti-Mulleriano

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A dosagem do hormônio anti-mulleriano ou AMH é uma nova técnica para medir a reserva ovariana da mulher.

Até recentemente a dosagem de FSH e a ultrassonografia eram as principais maneiras de avaliar a reserva ovariana. A vantagem do AMH é que pode ser dosado em qualquer fase do ciclo, diferentemente do FSH que deve ser dosado entre 2º e 5º dias do ciclo menstrual. Outra diferença é que o FSH é pior quanto mais alto for, já o AMH é pior se os valores são mais baixos.

A grande crítica ao AMH é que os valores de referência ainda não estão bem estabelecidos e em algumas vezes é difícil a realização de um diagnóstico apenas com seu resultado.

Ainda não existe um teste perfeito para a avaliação da reserva ovariana. Assim, o especialista deve usar a história clínica, exame físico, ultrassonografia e exames laboratoriais como FSH e AMH para chegar ao diagnóstico mais correto.

Fonte: Projeto Alfa – reprodução humana assistida

A busca pelo filho…

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Por Luciana Leis

Quando se está tentando engravidar, é inevitável pensar em como será a sua vida com a chegada de um bebê. Pensamentos a respeito de como será o rostinho dele, que nome terá se for menino ou menina, como será tê-lo nos braços e muitas outras coisas… Tudo isso faz parte do processo de formação do “bebê imaginário”, sendo que, com a chegada do bebê real, todo esse arsenal de fantasias será projetado na criança e poderá ajudar na formação do vínculo, já que esse bebê já era desejado e fantasiado muito antes de nascer.

Isso não quer dizer que quem, de repente, se descobriu grávida e, a partir de então, passou a desejar essa criança, não possa formar vínculo com o bebê. Afinal, existem nove meses que antecedem o nascimento do filho e que permitem, sim, que a mulher crie esse tipo de vínculo.

No entanto, o casal que consegue planejar uma criança, acaba tendo mais tempo de poder ir amadurecendo aos poucos o papel de pai e mãe dentro de si, pensar nos modelos que tiveram, nas coisas que desejariam repetir ou mudar a partir da experiência com os seus próprios pais e, inclusive, organizar-se financeiramente para poder receber seu rebento.

Acontece que nem tudo são flores! E quando a chegada do filho demora por concretizar-se, os sentimentos de fracasso e frustração estão constantemente atrelados a esse processo. A mulher passa a se cobrar por não conseguir engravidar, em contrapartida, seu companheiro também sente-se frustrado por não conseguir fecundá-la. Racionalmente, podem até compreender que isso não depende só deles, afinal, nenhum ser humano tem o poder de trazer uma vida para esse planeta. Porém, no íntimo de seus sentimentos, está o fracasso por não ter conseguido mais uma vez e a insegurança de nunca conseguir alcançar esse sonho.

Realmente, não é nada fácil lidar com a frustração de uma menstruação ou com um resultado de beta HCG negativo quando se buscava- quer seja em casa ou com os tratamentos de reprodução assistida- um desfecho bem diferente. A vivência é muito semelhante a de um aborto, afinal, o “filho do imaginário” estava ali a todo tempo para ser personificado em um bebê real e não pode vir.

O reconhecimento de nossa impotência diante de muitos fatos da vida merece ser constatada e, principalmente, que nem tudo acontece exatamente no momento que desejamos. Jamais teremos explicação para tudo, entretanto, o fato de não acontecer na hora que queremos, em hipótese alguma, quer dizer que nunca será. O exercício da paciência é algo nobre, porém, nada fácil, já que nunca queremos nos frustrar.

Todo sonho tem um tempo próprio para se concretizar, assim, não resta alternativa para que aconteça, senão, esperar, buscar e acreditar!

Fonte: Grupo Alfa

Menopausa Precoce

menopausa precoceMenopausa precoce ou falência ovariana prematura é a interrupção da função ovariana antes dos 40 anos.

Os ovários têm função reprodutiva (produção dos óvulos) e função endócrina (produção de hormônios).

Os sintomas da falência ovariana prematura são os mesmos da menopausa: irregularidade menstrual ou ausência de menstruação, calores, irritabilidade, insônia, secura vaginal, etc…

Existem diferentes causas para a menopausa precoce, mas muitas mulheres não encontram diagnóstico mesmo após investigação exaustiva. Existem causas autoimunes e causas genéticas (Síndrome de Turner e Síndrome do X frágil). Ainda, causa pode ser familiar. Tratamentos como rádio e quimioterapia também podem levar à falência ovariana.

Para diagnosticar a menopausa precoce, além da história clínica, exames hormonais podem ser realizados (AMH, FSH, LH e estradiol) e também uma ultrassonografia.

Não há tratamento para a menopausa precoce, somente para seus sintomas e consequências. Em casos de sintomas importantes, indica-se a reposição hormonal.

Caso a mulher tenha desejo de engravidar, a alternativa será o uso de óvulos doados.

Fonte: Projeto Alfa