Tradução livre: “Às vezes eu finjo ser normal, mas daí fica chato, então, volto a ser eu mesmo”
Por Paula Costa Teixeira, profissional de educação física
O convite desse post é fazer uma reflexão sobre o que é normal para você. O conceito do senso comum sobre normal x natural está um tanto bagunçado. É interessante a gente encarar essa questão como uma oportunidade de se auto avaliar e observar o quanto isso reflete nas nossas escolhas pessoais, profissionais e sociais.
O Prof. Dr. Ricardo Leme, médico neurocirurgião, em seu livro “Saúde é consciência”, discute o assunto de uma forma bem didática. Logo abaixo destaco dois trechos do capitulo “Normal x natural”:
“Não é natural fazer alguma coisa apenas porque uma maioria ou um grupo de pessoas a definem como normal! Ser natural é ser diferente, é ser único e finalmente é dar a sua contribuição única ao universo. Todos os meios que tentam nos fazer iguais ou parecidos com algum modelo definido devem ser vistos com máximo cuidado e atenção, pois, à semelhança dos animais que pastam e aguardam o abate, isso nos torna fracos e sem razão para viver enquanto seres humanos”.
[…]
“Quantidade e qualidade nem sempre andam de mãos dadas, sendo necessário prestar atenção quando o “sempre mais” que acompanha a quantidade passa a ser priorizado em função do “gosto pelo que se está fazendo” que acompanha a qualidade. Quantidade sem qualidade é uma armadilha que deve ser evitada sempre, sendo a ambição seu sinalizador”.
Como sou profissional da educação física, convido para a reflexão no campo do exercício. O quanto você nas suas escolhas dedica um tempo para praticar exercícios como um momento de autocuidado, voltado para o seu interior, e conexão com você mesmo ou …
O quanto o seu momento de exercício está voltado para o exterior, para pensar no que precisa fazer, ou precisa ter ao invés de simplesmente SER e curtir o seu presente! Deixando o passado para trás e o futuro para frente. E assim viver com presença plena cada oportunidade que a vida nos oferece agora.
Essa reflexão é válida tanto para a sua vida pessoal, quanto para sua atuação profissional, pois, a sua atitude com você mesmo reflete (de alguma forma, acredite!) no que você indica/receita/prescreve para o seu cliente.
Referência e sugestão de leitura:
Leme, Ricardo José Almeida. Saúde é Consciência: medicina da saúde x medicina da doença. São Paulo: Ciranda Cultural, 2012.
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