TORNANDO-ME UMA PESSOA MELHOR: REFLEXÃO

TORNANDO-ME UMA PESSOA MELHOR: REFLEXÃO

clinicaromano No Comment
Uncategorized

Por Alessandra Fabbri, nutricionista

Estudos mostram a importância de se trabalhar em equipe para tratar os transtornos alimentares1,2. Hoje gostaria de compartilhar com vocês a minha experiência como nutricionista em equipe multidisciplinar.

Quando comecei a trabalhar com transtornos alimentares no início de 2006, eu não tinha ideia de como este trabalho influenciaria a minha carreira, e de como ele mudaria a minha visão sobre a nutrição. Tratar pacientes que com anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar me torna uma pessoa melhor, pois exercito habilidades como: escutar, ter empatia e acolher qualquer pessoa que necessite da minha ajuda profissional.

Você deve estar se perguntando nesse momento o porquê essa experiência teve e, ainda possuí, esse impacto na minha vida. A explicação é simples: para tratar patologias tão complexas além de conhecimento (leia-se estudo! Muito estudo! Rs), se faz necessária a interação entre diversas áreas da saúde e áreas complementares, só assim conseguimos compreender doenças tão difíceis. Com este desafio, aprendi a trabalhar com vários profissionais (médicos, psicólogos, educadores físicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais entre outros), o que considero importantíssimo para qualquer atuação. Entender o que outro profissional faz, como ele pensa e trabalha não significa ?invadir? as demais áreas ou atuar além da sua formação, mas te permite enxergar o paciente de uma maneira muito mais ampla.

Todos esses anos de atuação nesta área me ajudaram a ser uma profissional interdisciplinar, a compreender melhor o paciente e consequentemente, tentar ajuda-los da melhor maneira possível. Também me ajudaram a romper com próprios preconceitos relacionados à psiquiatria e, e também colaboraram com a melhora do cuidado pessoal. Em resumo, cuidar de si aprimora o cuidado com o outro. Acho importante refletir sobre o quanto ficamos restritos à nossa rotina de trabalho quando não interagimos ou trocamos com nossos colegas. Eu me sinto honrada em participar de uma equipe assim, e em ter a oportunidade de aprender e renovar o conhecimento todos os dias.

Até o próximo post!

Referências:

  1. Táki Athanássios Cordás. Transtornos alimentares em discussão. Rev Bras Psiquiatr 2001;23(4)

Luciana Maria da Silva , Manoel Antônio dos Santos. CONSTRUINDO PONTES: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR EM TRANSTORNOS ALIMENTARES. Medicina, Ribeirão Preto. 39 (3): 415-24, jul./set. 2006.

GENTA Grupo Especializado em Nutrição e Transtornos Alimentares e Obesidade

Últimas Notícias