Pesquisa internacional com participação da FSP conclui que bebidas com adoçante artificial não ajudam na perda de peso

Pesquisa internacional com participação da FSP conclui que bebidas com adoçante artificial não ajudam na perda de peso

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Fonte: Visualhunt

Promover o consumo de bebidas artificialmente adoçadas não é uma estratégia válida para enfrentar o aumento dos níveis de obesidade em todo o mundo, aponta estudo internacional com participação da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. De acordo com a pesquisa, além da falta de evidências científicas conclusivas sobre o efeito dessas bebidas no controle do ganho de peso, também deve-se considerar o impacto ambiental de sua produção, com elevado gasto de água e energia, e o fato da água ser a opção primária para a hidratação do corpo. O estudo acaba de ser publicado na revista científica PLOS Medicine.

As bebidas artificialmente adoçadas incluem refrigerantes, sucos de caixinha, chá gelado, achocolatados líquidos, isotônicos, entre outros. Em sua produção, o açúcar é substituído por adoçantes artificiais. “Em nossa análise sobre os efeitos dessas bebidas, concluiu-se que elas não devem ser promovidas como parte da solução da epidemia de obesidade”, afirma o pesquisador Thiago Hérick de Sá, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da FSP, que participou da pesquisa.
“Nesses estudos, não há evidências conclusivas de que as bebidas artificialmente adoçadas promovem redução de peso”, ressalta o pesquisador. “Alguns autores apontam inclusive que há casos nos quais as pessoas, como uma espécie de mecanismo compensatório pela ausência do açúcar, acabem consumindo outros alimentos ricos em calorias”.
Além da falta de dados mais consistentes sobre os benefícios dessas bebidas, o pesquisador aponta outra questão relativa às pesquisas na área. “Boa parte dos estudos que indicam efeitos positivos foram financiados pelas próprias indústrias de bebidas”, destaca Hérick de Sá. “A priori, não é possível afirmar que haja necessariamente a influência do agente financiador nos trabalhos analisados. Mas já há evidências, inclusive no campo da pesquisa sobre alimentos, de que o financiamento das indústrias aumenta as chances do estudo apresentar resultados favoráveis aos interesses das empresas”.

Fonte: Jornal da USP

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Faculdade de Saúde Pública – USP

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